terça-feira, 22 de outubro de 2013
Fado mal Fadado
Fado mal fadado
Porque teimo em não dormir?
Será com medo de acordar?
Acordar para mais uma manhã de dor,
È como um fado, sempre o mesmo.
O trinar das guitarras vibram,
São como os meus nervos,
As cordas das violas esticadas.
Rígida, não sei como conseguir….
E ouço o canto,
A voz de quem canta o fado
É agonizante, abafada
Assim como é o meu sorrir.
Mas vou cantando este meu fado,
Ouço interminavelmente, não o sei de cor.
Esta é a minha história
Resumida por uma manhã de agonia
É um fado, somente para alguns
Para outros como eu é algo que nos angustia.
E leva-nos a pensar em algo de pavor.
Pavor por algum ato que acabe com este fado.
Quisera eu ter outra vida, outro pensar
Garanto-vos nessa vida não haveria
Um fado mal fadado.
Olívia Marinho
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